Convivência pacífica com as corujinhas mascotes

MASCOTES
Moradoras de jardim, corujas viram mascotes do SAMAE

Araranguá

Há aproximadamente um ano, Servidores do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE) e corujas aprenderam a conviver no mesmo ambiente, o jardim situado entre o estacionamento interno e o Centro de Conivência da autarquia. Enquanto os profissionais trabalham no almoxarifado, setor de envasamento de copos de água e depósito, as aves se sentem à vontade do lado de fora. O lar é um buraco de um metro, cavado pelas próprias aves, como é característico das corujas-buraqueiras, cujo nome científico é Athene cunicularia.

As corujas se acomodaram em um dos gramados do jardim, sob o muro de cocreto ou no telhado do centro de convivência. 'Percebemos que elas frequentemente ocupavam o telhado e quando vimos, já havia um casal e uma ninhada', explica Marcos Pereira da Silva, Mano, diretor de Operações. Do estranhamento inicial, as corujas atualmente são os 'mascotes' do SAMAE, recebendo atenção e carinho.

A partir do momento em que escolhem o local ideal para reprodução, em buracos no chão, tocas ou troncos de árvores, as corujas são fiéis desde que sintam tranquilidade – o que é peculiar do lugar escolhido - e que haja disponibilidade de alimentos.

As corujas-buraqueiras fazem parte da fauna típica litorânea. Símbolo da sabedoria, da filosofia e da pedagogia, devido à inteligência, astúcia, sensibilidade, visão e audição super potentes, as corujas estão entre as aves de rapina protegidas por lei em vários países — bem como por tratados internacionais. No Brasil, maus-tratos à fauna silvestre são proibidos pela Lei 5197/67.

As corujas se reproduzem três vezes por ano, e sempre encontraram no jardim interno da unidade administrativa do SAMAE um lugar especial para fazer seus ninhos.